quinta-feira, 28 de abril de 2016

TERMINAL LITERÁRIO


O Blog Língua em Foco parabeniza a iniciativa da Prefeitura de Fortaleza, Sindiônibus, Etufor e Biblioteca Municipal Dolor Barreira e conclama a sociedade fortalezense a apoiar o projeto fazendo doações de livros nos locais indicados nesta reportagem. O Terminal Literário contribui para a formação de leitores e, portanto, presta um excelente serviço às pessoas que não têm acesso e esse bem cultural que é o livro.  Leia a reportagem publicada no Jornal O Povo (23/04) e saiba como participar.

Novas oportunidades para a leitura

Conheça iniciativas que têm feito pessoas encontrarem o prazer dos livros em terminais de ônibus e calçadas.

JULIO CAESAR 
Instalado no Papicu, o Terminal Literário deve chegar a
 outros seis terminais até o fim de junho.

Entre a pressa e a espera, no vai-e-vem do terminal do Papicu, o mais movimentado de Fortaleza, uma pausa para escolher um livro na estante do meio da plataforma. Inaugurado no início do mês, o Terminal Literário já conquistou espaço no dia  adia dos usuários de transporte público.

“A gente para aqui e pega um livro. Pronto, já tem o que fazer dentro do ônibus”, alegra-se a estudante Ana Graziele. Ela, que passa pelo terminal todo dia, afirma que consultar a estante já faz parte da rotina. “Sempre tem algo que acaba chamando atenção. E de manhã cedinho, geralmente, deixam jornal e acaba sendo uma forma da gente se informar do que tá acontecendo. Depois é só devolver que outra pessoa também vai ler”. Para Graziele, isso é o mais interessante: compartilhar informações.

Realizado pela Prefeitura de Fortaleza - junto com Sindiônibus, Etufor e Biblioteca Municipal Dolor Barreira – o projeto surgiu durante o processo de revitalização dos terminais. “A estante é para qualquer pessoa escolher e levar o livro que mais interessar. O usuário tem apenas que devolver a edição ao fim da leitura”, explica Paola Braga, secretária executiva da Secretária da Cultura de Fortaleza. Segundo ela, desde a instalação até agora, cerca de 500 livros foram doados e disponibilizados gratuitamente aos passageiros, e que o retorno da população tem sido positivo.

O Terminal Literário também conquistou quem trabalha no terminal do Papicu. O agente de operações Antônio Aquino, que trabalha no local há três anos, diz que os funcionários acabaram se apropriando da estante e cuidam para que ela continue funcionando. “A gente tá sempre olhando se estão tendo cuidado com os livros. Uma coisa dessas é boa pra todo mundo. Outro ponto é que as pessoas ainda têm muitas dúvidas de como funciona. Então, quem tiver próximo vai lá e explica”. 

O próximo terminal de ônibus que irá receber o projeto é o do Conjunto Ceará, com entrega agendada para o próximo sábado, 30. Até o fim de junho, os terminais do Antônio Bezerra, Lagoa, Messejana, Parangaba e Siqueira também devem receber a biblioteca. Os interessados em doar livros para o projeto devem procurar a Secultfor, Biblioteca Dolor Barreira e as secretarias regionais. 

Biblioteca compartilhada

Outra iniciativa que tem chamado atenção dos leitores é a geladeira que virou biblioteca. Inaugurada há cerca de 20 dias, a Biblioteca Compartilhada, feita com uma geladeira usada, já é sucesso para quem passa próximo à passarela que dá acesso à Unifor, na avenida Washington Soares. O segurança Jair Neto, que trabalha no local, não poupa explicação para os curiosos. “Tem gente que passa e fica olhando, aí eu vou lá e digo como funciona. As pessoas ficam admiradas. Outro dia mesmo, uma moça a encheu de livros. Pouco depois, um rapaz veio e levou uns dois. Eu sempre deixo bem claro: é pra usar e devolver”, comentou. A biblioteca é fruto de uma parceria do Projeto Plantando o Bem com o Instituto Politizar.

O fim do Ninho de livros

Em julho de 2015, o projeto Ninho de Livros também chegou a Fortaleza. A iniciativa, que espalha leitura em ‘casinhas’ presas em postes, buscava dar acesso a cada vez mais leitores. Porém, em março desde ano, o projeto chegou ao fim nas terras alencarianas. 

Segundo a assessoria da Satrápia, agência carioca responsável pelos ninhos, o motivo para a suspensão do projeto é que o prazo de patrocínio chegou ao fim. “Estamos buscando outras maneiras de trazer de volta os ninhos para Fortaleza. Algumas casinhas ainda estão espalhadas, mas todas serão retiradas até encontrarmos uma maneira de manter o projeto vivo”, declarou. Em quase um ano, mais de 5 mil livros foram trocados na Capital.



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