terça-feira, 10 de maio de 2016

Prepare-se para o ENEM e o Vestibular



Aspectos a serem considerados durante a produção de uma dissertação

Durante a elaboração de sua dissertação, é preciso considerar os seguintes aspectos:

Em se tratando de texto manuscrito, devemos usar letra maiúscula ao iniciar cada um dos períodos que compõem os parágrafos e jamais colocar ponto final após o título, caso este seja exigido.

Embora a extensão da dissertação dependa do contexto em que é produzida, da importância, da abrangência do assunto e do nível cultural de seu autor, em processos seletivos, jamais devemos ultrapassar o número de linhas permitidas, procurando manter nosso texto nos limites do espaço destinado a ele. É o caso da  redação do Enem, por exemplo, que deve ser escrita em 30 linhas, no máximo.

Em processos seletivos, devemos atentar para o que está sendo pedido pelo enunciado ou comando da questão (comparar, analisar, justificar, relacionar, opinar, explicar, responder, sugerir, exemplificar etc.) e realizar o que nos foi proposto, sem perder de vista as ideias contidas no(s) fragmento(s) reproduzido(s) na questão, se o(s) houver, usado(s) como estímulo à elaboração do texto.

Devemos fugir da subjetividade da primeira pessoa do singular (eu acho, eu penso etc.) e optar pelas várias formas de impessoalização do texto por meio do uso de verbos na terceira pessoa, na voz passiva analítica (é recomendado, é percebido etc.) ou sintética (recomenda-se, percebe-se etc.).

Relativamente à mudança de parágrafo, devemos ter em mente que cada parágrafo deve abordar um dos vários aspectos relacionados ao tema, aspectos esses que fazem parte do plano de ideias que norteará a composição da dissertação, evitando dispersão. Esses aspectos devem ser distribuídos de forma lógica, sem que um mesmo aspecto seja fragmentado em vários parágrafos.

Devemos evitar abreviaturas e falhas grosseiras de ortografia, lembrando-nos de que as locuções o que; por isso; a partir; de repente; a fim de sempre foram e continuam a ser escritas separadamente.

O uso de empréstimos deve ser evitado, mas, se sua utilização for imprescindível, devemos colocá-los entre aspas, em textos manuscritos.

Devemos evitar cacófatos como “da boca dela; pela dona; por cada; um má; vi ela; vou-me já” etc.

Evitemos copiar fragmentos do(s) texto(s) motivador(es) ou transformar nosso texto em uma simples paráfrase do(s) fragmento(s) motivador(es) presente(s) na proposta, o que demonstraria falta de um projeto de texto, bem como pouca reflexão em relação ao tema proposto.

É importante usar recursos coesivos (conjunções coordenativas, conjunções subordinativas, pronomes relativos etc.) que estabeleçam articulação sintática entre os termos de uma mesma oração ou entre os períodos que compõem o parágrafo, evitando, assim, a simples justaposição de palavras ou períodos pouco articulados entre si. Além disso, é necessário imprimir objetividade ao texto, evitando, desse modo, problemas de coerência, tais como estrutura circular, presença de contradição, falta de progressão ou repetição de ideias, entre outros.

É imprescindível ter em mente que textos que firam os direitos humanos e que contenham preconceitos ou reforcem estereótipos¹ são totalmente inadmissíveis.

A proposta de intervenção é exigida no edital do Enem. Ela pode aparecer no decorrer ou ao final do texto, mas deve estar relacionada à situação-problema abordada. Essa solução não deve ser muito genérica e sim detalhada, coerente e, de preferência, inovadora para resolver o problema. 

¹Estereótipos são ideias preconcebidas de algo ou de alguém que resultam de falsas generalizações.


Colaborador: Professor Fabiano Mesquita

Nenhum comentário:

Postar um comentário